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A Parpública confirma que o Estado tem ações dos CTT. Segundo a holding do setor empresarial público, trata-se de uma participação “residual”, que “será identificada na carteira de participações nos próximos relatórios”.
“A compra de ações dos CTT pela Parpública, realizada até outubro de 2021, ocorreu no cumprimento dos requisitos legais, designadamente o despacho do então ministro das Finanças, precedido do parecer prévio da UTAM [Unidade Técnica de Acompanhamento e Monitorização do Setor Público Empresarial]”, refere a empresa estatal, em comunicado.
De acordo com a Parpública, “para evitar perturbações indevidas da cotação destes títulos no mercado, estes documentos foram considerados informação reservada pelo Ministério das Finanças, à época”.
“Tendo o despacho cessado os seus efeitos no primeiro semestre de 2022, e decorridos mais de dois anos desde a última aquisição de ações dos CTT, os documentos podem agora ser tornados públicos por determinação do Ministério das Finanças”, sublinha a holding estatal.
A Parpública informa que “detém 355.126 ações dos CTT que foram adquiridas em bolsa em 2021, o que corresponde a 0,24% do capital da empresa”.
Em causa está a notícia avançada pelo Jornal Económico, segundo o qual o governo terá comprado ações dos CTT no último governo da geringonça, em 2021, para garantir o apoio do Bloco de Esquerda na aprovação do Orçamento do Estado.
A operação nunca foi divulgada nem está registada.
A Renascença já pediu esclarecimentos ao Ministério das Finanças.
[notícia atualizada às 19h45]