Governadores de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e possíveis candidatos à presidência em 2026 não devem comparecer ao evento em Brasília da próxima segunda-feira, 8, que marca um ano do 8 de Janeiro. O governo federal está preparando um ato em defesa da democracia, intitulado “Democracia Inabalada”, que contará com a presença dos presidentes do STF (Supremo Tribunal Federal), da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, além de governadores e ministros. A previsão é que cerca de 500 convidados compareçam ao Congresso Nacional. No ano passado, após a invasão das sedes dos três Poderes, Lula reuniu 23 dos 27 governadores em Brasília, enquanto os outros quatro enviaram seus vices ou representantes.
Após a reunião, Lula, seus ministros e os governadores caminharam juntos pela praça dos Três Poderes, do Palácio do Planalto até o Supremo. No entanto, desta vez, os governadores de oposição não devem comparecer ao evento. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como um dos possíveis presidenciáveis em 2026, está de férias na Europa e não deve retornar ao Brasil a tempo de participar do evento. Segundo interlocutores, o vice-governador também estará ausente, pois viajará para participar de um evento na China. O governo de São Paulo ainda não escalou um representante para ir ao evento.
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), ainda não definiu sua agenda e aliados acreditam que é pouco provável que ele compareça ao ato político. Já o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), está avaliando sua presença e mantém contato com outros governadores de direita. Na região Sul, nenhum dos três governadores deve comparecer. Eduardo Leite (PSDB), governador do Rio Grande do Sul e também citado como possível candidato à presidência nas eleições de 2026, está de férias e retorna apenas no dia 11. A assessoria do vice-governador Gabriel Souza (MDB), que poderia representar o governo do Estado, não deu informações sobre sua participação.