Conheça a história de Lewis Strauss e sua ligação com o físico Robert Oppenheimer, considerado o pai da bomba atômica
Lewis Strauss foi um importante engenheiro e empresário americano, que teve uma grande influência na indústria nuclear dos Estados Unidos durante o século XX. Ele é conhecido por sua relação conturbada com o físico Robert Oppenheimer, considerado o pai da bomba atômica.
Nascido em 1896, em uma família judia de Nova York, Lewis Strauss cresceu em meio a uma época de grandes avanços tecnológicos e científicos. Desde cedo, ele demonstrou interesse pela área da engenharia e, após se formar na Universidade de Columbia, começou a trabalhar na empresa de seu pai, a Lewis Strauss & Sons.
No início da década de 1920, Strauss se mudou para Washington D.C. para trabalhar no governo, onde teve a oportunidade de se envolver com questões relacionadas à energia nuclear. Ele se tornou um dos principais defensores da energia atômica e, em 1946, foi nomeado presidente da Comissão de Energia Atômica dos Estados Unidos (AEC).
Foi nessa época que Strauss conheceu Robert Oppenheimer, um renomado físico teórico que liderou o Projeto Manhattan, responsável pelo desenvolvimento da primeira bomba atômica. A relação entre os dois, no entanto, não era das melhores.
Oppenheimer era conhecido por suas opiniões políticas liberais e por suas críticas à corrida armamentista nuclear. Já Strauss, por sua vez, era um defensor ferrenho da energia atômica e acreditava que os Estados Unidos deveriam ter uma superioridade militar nessa área.
A tensão entre os dois aumentou quando Oppenheimer foi acusado de ser um simpatizante comunista e teve sua autorização de segurança revogada pelo governo. Strauss, que era membro do Conselho de Segurança Nacional, foi um dos principais responsáveis por essa decisão.
A partir daí, a relação entre os dois se tornou ainda mais hostil. Strauss chegou a afirmar que Oppenheimer era um “perigo para a segurança nacional” e que ele não deveria ter acesso a informações confidenciais. A situação ficou tão insustentável que Oppenheimer acabou sendo afastado de suas funções na AEC.
No entanto, apesar de suas divergências, Oppenheimer e Strauss compartilhavam uma paixão em comum: a ciência. Ambos eram grandes defensores do desenvolvimento da energia nuclear para fins pacíficos e acreditavam que ela poderia trazer grandes benefícios para a humanidade.
Após sua saída da AEC, Oppenheimer continuou a trabalhar na área da física e se tornou um professor renomado na Universidade de Princeton. Já Strauss, que se aposentou em 1950, voltou a se dedicar aos negócios e se tornou presidente da United States Steel Corporation.
Apesar de suas diferenças, Oppenheimer e Strauss foram importantes figuras na história da energia nuclear. Enquanto Oppenheimer é lembrado como o pai da bomba atômica, Strauss é considerado o pai da energia nuclear nos Estados Unidos.
Hoje, mais de 70 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial, a energia nuclear ainda é um tema controverso e divide opiniões. No entanto, é inegável que ela trouxe grandes avanços para a humanidade, como a produção de energia limpa e a medicina nuclear.
A história de Lewis Strauss e Robert Oppenheimer nos mostra que, apesar de suas diferenças, é possível encontrar um ponto em comum e trabalhar juntos por um objetivo maior. E, mais do que isso, nos ensina a importância de respeitar as opiniões divergentes e buscar soluções pacíficas para os conflitos.
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