O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou nesta segunda-feira, 25, de um almoço com o terceiro grupo de brasileiros repatriados da Faixa de Gaza. O evento ocorreu no Hotel de Trânsito na Base Aérea de Brasília. No total, 30 pessoas embarcaram na aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe os brasileiros de volta ao país. Duas pessoas não puderam embarcar devido a questões médicas. Em discurso, o chefe do Executivo disse que é uma alegria do governo “poder acolher vocês aqui no Brasil” e reafirmou o compromisso em buscar mais brasileiros conforme eles forem liberados. “Não é humanamente possível aceitar o que está acontecendo na Faixa de Gaza, a morte de tantas mulheres e crianças. A destruição de todo patrimônio construído pelo povo palestino. Tenho certeza que no Brasil vocês viverão em paz”, declarou. O presidente reforçou as negociações para também liberar reféns brasileiros que estão em Israel.
Os brasileiros e seus familiares deixaram Gaza no dia 21 de dezembro e foram recebidos por autoridades da embaixada brasileira no Egito. De lá, foram transportados até a capital Cairo, onde passaram uma noite. Na sexta-feira, o grupo embarcou rumo a Brasília. Além dos brasileiros, o mesmo voo da FAB levou seis toneladas de ajuda humanitária para a região. Entre os itens transportados estavam purificadores de água e equipamentos para geração de energia. O presidente Lula defendeu a criação do estado palestino: “O Brasil é um lugar onde judeus e palestinos vivem em paz e harmonia. Há muito tempo defendo a criação do estado palestino e continuamos brigando na ONU para que seja construído, para que os povos possam viver em paz”.
Desde o início da guerra, 1.555 brasileiros foram resgatados, a maioria de Israel, mas também de Gaza e da Cisjordânia. A operação de resgate na Faixa de Gaza é considerada mais complexa devido ao cerco israelense. A única saída é por Rafah, na fronteira com o Egito, e é necessário ter autorização para passar. O trecho da fronteira foi reaberto em 1º de novembro para permitir a saída de palestinos feridos e cidadãos estrangeiros. Os brasileiros só receberam autorização para sair no dia 10 do mesmo mês.
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